Cartas no Corredor da Morte – Paula Febbe

Policial

Steve Gurniak é russo, vive na Califórnia, assexuado, metódico e pouco sociável. Johnny Love é do Tenessee, carismático, vaidoso, ingênuo e promíscuo. Diferentes de todas as formas possíveis, ambos têm duas coisas em comum: são serial killers e estão no corredor da morte.

Um laço de cumplicidade nascerá entre eles quando numa intensa troca de cartas confessarem seus crimes, suas motivações e a distorção doentia de suas mentes. Mas esse laço se tornará um nó, quando um estranho pacto for firmado.
Gurniak e Love carregam a marca da crueldade e da frieza em seus crimes. Agora, ambos, mesmo confinados, estão unidos num plano que fará uma última vítima.

Cartas no corredor da morte é uma obra com matriz ultra violenta tal qual a mente de assassinos em série e que convida aos leitores a conhecerem almas doentias, sem cortinas ou embaraços.

Os bastidores

Seja em seus livros de ficção ou no canal Serial Chicks, no YouTube, Cláudia Lemes e Paula Febbe se tornaram conhecidas do grande público devido a uma estranha paixão: a curiosidade e o estudo sobre como funciona a mente de psicopatas e de serial killers.

Dessa paixão nasceu Cartas no corredor da morte, um livro epistolar e violento tal qual a mente de assassinos em série. Nele, as autoras constroem e apresentam as lógicas distorcidas de criminosos que banalizaram a vida humana em busca de uma falsa racionalidade.

De um lado Cláudia Lemes nos traz Johnny Love um assassino passional e um homem doentio. Do outro, Paula Febbe responde com Steve Gurniak um criminoso metódico e sádico e com uma de auto importância típica das almas vaidosas. Juntos eles somatizam o pior do ser humano.

Mas essa é uma obra de ficção, e a duas talentosas escritoras não perderam a chance de construir uma trama intricada com reviravoltas que convidam o leitor a grudar a não soltar o livro até chegar ao seu final.